segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Detalhes, cores e expressões - Carnaval SJN 2010 (1): Esplendor do Morro

Atrás das cordas nas calçadas, praças e jardins ou na plataforma de desembarque da rodoviária (provisoriamente transformada em camarote), a população sãojoanense, junto aos turistas, esperavam a entrada da primeira escola no domingo, 14 de fevereiro.


O "sambódromo" (ou passarela do samba) é a Avenida Carlos Alves, que interrompe boa parte do trânsito da cidade nessa época. Mas, enfim, é carnaval!

A cobertura fotográfica

A mim, propus ir à avenida para captar detalhes, cores, movimentos, sorrisos. Enfim, a alegria e a devoção das pessoas que mantêm à risca as tradições carnavalescas da cidade. Coloquei a lente zoom na câmera para fazer imagens mais fechadas o que diminuiu a luz captada pela máquina. Isso me obrigou a trabalhar com uma velocidade reduzida e ISO lá no alto. A mão teve que ficar firme já que a iluminação insuficiente da passarela para as minhas condições e a grande movimentação das pessoas (do contrário não seria carnaval) eram fatores negativos. E se o meu objetivo era captar cor, nada de flash.

Enfim, carnaval

Quando a primeira escola entrou, pulei a corda de segurança e fiquei na passarela. Com a câmera na mão, os fiscais permitiram minha presença ali. Para todos os casos, também era da imprensa.

O G.R.E.S. Esplendor do Morro, do Bairro Santa Rita, levou para a avenida o samba-enredo Barra de rio, barra de ouro, aonde foi nosso tesouro?, de Bety Itaborahy, Flávio Bororó, Wagner Alves e Paulo Apparício.

A comissão de frente não possibilitou fotos em detalhe. A tinta branca usada ficou forte e bastante artificial para imagens de perto.

Já no primeiro casal de mestres-salas e porta-bandeiras percebi que ia ficar difícil enquadrar os dois na mesma cena. Em geral, mestre-sala, bandeira e porta-bandeira, acentuam a horizontal. Como não dava para trocar a lente na pressa, improvisei como pude com este e os outros casais.

 



Seguem as demais fotos e o samba-enredo:


Aonde foi parar nosso tesouro?
Pergunta que insiste em não calar.
Brasil, em berço de "Esplendor"
Viu o colonizador
Mandar suas riquezas pr'além mar.


Minas Gerais
Na Europa despertou a ambição,
Do novo mundo, foi Eldorado
Tornou-se um paraíso cobiçado.


Em barra, em pó
Em pedras divinais
Meu ouro foi
E não volta mais. 
(BIS)


Passa, passa o tempo
E a vergonha continua
Serra Pelada ficou nua.


Nova "Gerais" me fez lembrar.
Amazônia, é nossa última riqueza,
E vida, e nós devemos preservar.


Da barra do rio à barra do ouro
saquearam meu país.
Mas no carnaval


Na Esplendor do Morro,
Riqueza é mostrar que sou feliz. 
(BIS)



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