segunda-feira, 23 de julho de 2012

Grande Hotel e Termas de Araxá – MG

A visita de um presidente às águas termais de Araxá/MG para o tratamento de uma úlcera foi a pedra fundamental de um investimento imponente. O presidente em questão era Getúlio Vargas. Junto ao então governador de Minas, Benedito Valadares, idealizaram a obra que representaria, na época, o maior complexo hoteleiro em área construída do mundo. O espaço abrigaria também as termas e um cassino, ocupando um total de 50 mil m² do terreno de 450 mil m².

As obras iniciaram em 1938. O desafio era terminar tudo em até seis anos, antes que encerrasse o governo Vargas. Mais de três mil trabalhadores entre brasileiros, suíços e alemães se uniram para erguer o complexo. Em 1944 o hotel, pertencente ao estado, abriu as portas e, por dois anos, funcionou como cassino.
O estilo arquitetônico, bastante atraente, é igual ao encontrado em antigas construções coloniais da América espanhola, como na Colômbia e Venezuela. As paredes revestidas com barro avermelhado demonstram simplicidade. Por outro lado, o Hotel esbanja luxo. O interior segue o estilo neoclássico, com colunas, capitéis e arcos.
Os jardins e todo o projeto paisagístico são do pintor e paisagista Roberto Burle Marx.

Fim do Cassino
Com a chegada do governo Dutra, em 1946, e a proibição em abril do mesmo ano dos jogos no Brasil, o investimento precisou encontrar outra forma para devolver o retorno esperado. Essa responsabilidade foi passada para as termas.
A construção que abriga os tratamentos com as águas segue a linha eclética do conjunto. Colunas neoclássicas, painéis portugueses, vitrais franceses. Tudo em oito, o número do infinito. A mandala indiana, também de oito pontas, é tida como descarregadora de energia.

Em 2010, o Grande Hotel e Termas de Araxá passou para a responsabilidade da rede Tauá de Hotéis.






Retrato de Getúlio Vargas em uma das salas do hotel.
  






Complexo Termal


Vitrais franceses.
Espaço para banho de lama.




Abaixo do centro da mandala de oito pontas um fio de cobre liga o símbolo à terra para descarregar energia.



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Fontes: Site Tauá Resorts; João Batista Rodrigues "João da Fonte", guia turístico do Hotel

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